01 jul

Depois do Seminário os Desafios

Seminário Internacional de Fruticultura aconteceu de 25 a 27 de junho, na Casa do Povo, em Vacaria.

Grandes desafios, um novo momento para o setor da fruticultura e uma nova perspectiva de futuro. Palavras essas, muito ouvidas pelos produtores e organizadores do IV Seminário Internacional de Fruticultura. “Agora é tentar trazer e implantar o que os palestrantes nos mostraram durante as suas apresentações”. Essa é a opinião do integrante da Comissão de Organização do IV Seminário Internacional de Fruticultura em Vacaria, Leandro Bortoluz. Ele ressalta a importância do setor da produção da maçã, técnicos e instituições de pesquisa brasileira se unirem para implantar no Brasil o que já está acontecendo em parte do mundo com a produção da maçã e as múltiplas variedades, como destacaram os palestrantes da Europa, Oceania, América do Norte e do Sul.

Leandro Bortoluz fala das novas tecnologias, novos sistemas de condução, novos porta-enxertos, e também a vinda de novas variedades, incrementando a janela de colheita. Ele acrescenta que começa um novo momento e uma ideia de futuro onde se possa mantar a indústria brasileira na ativa.

Para o pesquisador da Embrapa, Adalécio Kovaleski o caminho para percorrer é longo, ele fala que foi muito importante ouvir Dr. Greg Krawczyk onde falou sobre Desafios do manejo de grafolita em pomares de macieira. Kovaleski fala que já existe projeto finalizado e que será apresentado a empresas de Feromonio, justamente para desenvolver esta parte, pois é preciso aprender a lidar com esta praga, pois é agressiva e importante saber manejá-la, especialmente sob tela que é algo novo e o feromonio vai funcionar diferente nessas condições, em função de insolação e de redução de vento e outras características.
Ele chama atenção que foram quatro entomologistas que trabalham com pragas da maçã e isso permitiu traçar estratégia para os próximos anos, não apenas em razão da Grafolita e também outras pragas que atingem a maçã.

O Presidente da Agapomi José Sozo, fala que o setor produtivo vai passar por modificações de variedades, pois ficou claro que é necessário acompanhar o mercado. Sozo defende que se busquem novas opções e que se faça o experimento em algum pomar, pois a variedade Fuji está sendo reduzida nos pomares, restando a Gala para a comercialização. Ele fala ainda que os técnicos que estiveram no evento deixaram grandes desafios aos produtores brasileiros.

Dr. Walter Guerra, pesquisadores da Itália falou sobre o programa de melhoramento, novas cultivares de maçã, estratégias e tendências naquele país. O palestrante francês Dr. François Laurens destacou o programa de melhoramento e as novas cultivares e sua comercialização. O norte americano Tom Auvil da North American Plants enfatizou os Sistemas de condução e porta-enxertos para pomares de macieira no estado de Washington, USA.

Também foi abordada a Regulação do mercado viveirista de comercialização de cultivares “Club” com o Dr. Luiz Fernández – do Chile. Ele fala que o acesso às variedades é um assunto presente na cultura chilena, o que ele mostrou aos participantes passou por um pouco de história e também apresentou desafios para a fruta brasileira tomar uma posição de destaque no cenário internacional. Fernandez disse ainda que o Seminário trouxe uma luz aos produtores do que está acontecendo no restante do mundo. “É preciso estar atento e abrir os olhos de como o mundo vem se desenvolvendo, e ver oportunidades e não ameaças” – observou o chileno.

Na quarta-feira os participantes ouviram sobre a Comercialização de material vegetal ‘Kalei’ e de outras cultivares “Club”. Com Chester Craig – Australia, outra palestra apresentada foi do Espanhol LLorenç Frigola Vidal, Vice-presidente da Cooperativa Girona Fruits, que falou sobre a Regulação da oferta – adoção do sistema de “consórcio”.
E por fim Evandro Ribeiro, representante da Associação Gaúcha de Supermercados – AGAS destacou as Características da comercialização de maçãs nos supermercados e demandas para o setor da maçã no Brasil.

Ribeiro falou o que se pode melhorar em relação ao produto maçã e o consumidor, destacando que é o momento de se trabalhar em produtos processados, embalados, maçã com qualidade superior. Garante que é preciso oferecer ao cliente uma experiência de compra, vender além do produto um serviço. É preciso entender o que o consumidor está procurando e necessitando. “Existe uma tendência muito forte, onde o produtor está criando soluções para entregar ao seu cliente, eliminando o atravessador e diminuindo o valor do produto na gôndola do supermercado”, concluiu.
O Evento iniciou na terça-feira, 25 com dia de Campo e mostra de produtos para a otimização dos pomares.

O IV Seminário Internacional de Fruticultura foi realizado pela Proterra Engenharia Agronômica e Mussato Consultoria Rural.

Com o apoio da Agapomi, ABPM, ASAV, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Epagri, Udesc, Embrapa, uva e vinho, UCS, UERGS, Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Prefeitura de Vacaria.

As apresentações dos palestrantes em slides estarão disponíveis no site do evento: www.fruticultura.agr.br

 

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